devido ao sucesso (rs) do post em que eu contei sobre a verdadeira história da música "conversa de botas batidas" do los hermanos ("poesia no noticiário."), volto hoje com mais um post desse.
agora trago uma lenda da música brasileira, um dos principais nomes quando o assunto é samba: angenor de oliveira, mais conhecido como cartola.
carioca, boêmio, deu nome e cores à estação primeira de mangueira e recebeu este apelido porque quando trabalhava como pedreiro usava um chapéu para que o cimento não lhe sujasse a cabeça, o qual chamava de cartola. (se quiser saber mais sobre a vida desse ícone, clique aqui.)
não consegui - e peço desculpas por isso - encontrar nada muito concreto, mas o que pude ler pelo espaço cibernético é que cartola, ao compor a música "a vida é um moinho", inspirou-se nos sentimentos que vinham à sua alma numa noite em que passou em claro quando recebeu a notícia de que sua filha agora pertencia às esquinas da cidade e àqueles que estavam dispostos a pagar pelo prazer.
não se sabe até que ponto isso é verdade, pois, como bem lembrado (obrigada, querido), cartola era estéril. porém adotou ronaldo silva e criou glória regina, filha de sua segunda esposa, dona zica. independente da veracidade da história, vale a pena acompanhar a letra dessa música.
não se sabe até que ponto isso é verdade, pois, como bem lembrado (obrigada, querido), cartola era estéril. porém adotou ronaldo silva e criou glória regina, filha de sua segunda esposa, dona zica. independente da veracidade da história, vale a pena acompanhar a letra dessa música.
a vida é um moinho
ainda é cedo amor
mal começaste a conhecer a vida
já anuncias a hora de partida
sem saber mesmo o rumo que irás tomar
preste atenção, querida
embora saiba que estás resolvida
em cada esquina cai um pouco a tua vida
e em pouco tempo não serás mais o que és
ouça-me bem, amor
preste atenção, o mundo é um moinho
vai triturar seus sonhos tão mesquinhos
vai reduzir as ilusões a pó
preste atenção, querida
de cada amor tu herdarás só o cinismo
quando notares, estás a beira do abismo
abismo que cavastes com teus pés.
a complexidade de seus sentimentos traduzida em versos simples, somada à melancólica melodia nos faz imaginar - mesmo que essa história não seja real - a dor de um pai ao receber uma notícia como essa. cartola é realmente um gênio. um gênio do morro. um gênio popular.
com certeza eu volto pra falar sobre outras obras desse grande artista que, diga-se de passagem, sou muito fã. mas pra você que não conhece mais do que "as rosas não falam", presenteie sua alma com samba, poesia e amor... ouça cartola!
beijo, meu povo!
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